Pelo menos 47 funcionários da área de saúde de São João de Meriti foram exonerados pela prefeitura na última sexta-feira e, até ontem, não haviam recebido o pagamento. Eles alegam que a demissão ocorreu por apoiarem um vereador que faz oposição ao governo municipal.
A decisão do prefeito Sandro Matos surpreendeu agentes de saúde e técnicos de enfermagem da Unidade de Saúde da Família Gato Preto, do PAM Jardim Meriti e do posto da Vila União. Todos os exonerados exerciam cargos comissionados.
— Não nos deram uma explicação oficial sobre o motivo da nossa saída. Mas todos que receberam a exoneração trabalharam na campanha de um vereador que hoje se opõe ao governo. Eu só quero receber os meus direitos como trabalhador — reclamou Márcio Luiz Gomes da Silva Trovão, de 34 anos, que, desde 2009, atuava como agente de saúde no posto da Vila União.
Os agentes, que representam mais da metade dos demitidos, tinham salário de R$ 650, trabalhavam das 8h às 17h e cada um era responsável por cerca de 400 pessoas do bairro. Assim como Márcio Luiz, Fabiano de Souza Cardoso, de 31 anos, tem no salário de agente a única renda da família:
— O problema é não saber por que fui demitido sem nenhum aviso. Preciso do dinheiro para sobreviver.
Parte dos exonerados abordou o prefeito na entrada do prédio da administração municipal, no dia 11/10 de manhã. Sandro alegou não saber o motivo da falta do pagamento dos exonerados e prometeu que atenderia uma comissão no dia 12/10, às 10h30m. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o prefeito só se manifestará sobre as exonerações na reunião com a comissão. Ainda não temos resposta do resultado da reunião.
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