— Como ocorre todos os anos, teremos uma queda vertiginosa na receita municipal nos meses de outubro, novembro e dezembro. Nesta época, fazemos levantamentos e reuniões com os secretários onde, normalmente, temos um corte de 20% na folha de pagamento. É para enxugar mesmo a folha. É melhor a gente, num primeiro momento, exonerar, do que a pessoa ficar trabalhando e a gente não ter como pagar — explicou.
A justificativa do prefeito ocorreu após a exoneração de 47 funcionários da área da saúde, uma semana antes. A maioria deles, agentes de saúde. Entre eles, Márcio Luiz Gomes da Silva Trovão, de 34 anos, que trabalhava desde 2009 acompanhando 50 famílias da Vila União.
— Só quero receber o salário do mês, pois dependo dele para sustentar a minha família. Eu sei que não volto mais, mas exijo o que tenho direito — diz ele.
O prefeito reuniu-se com representantes dos exonerados para expor a situação. Ele disse não ter recebido ainda o relatório da Secretaria municipal de Saúde explicando os motivos usados para selecionar os exonerados. E prometeu pagar o salário dos demitidos em dez dias:
— Destes que estão saindo, nos comprometemos em, lá na frente, priorizá-los. Normalmente, a gente faz uma nova contratação em janeiro, pois a receita aumenta.
Por enquanto, para suprir a carência dessas funções, haverá remanejamento entre os que continuarão trabalhando na prefeitura. Hoje, são cerca de 500 agentes de saúde. O prefeito alerta que outras secretarias deverão passar por cortes, enxugando 10% no custeio geral da administração municipal.
— Todos os secretários já conhecem o procedimento. Na verdade, você tira aquelas pessoas que, num primeiro momento, não vamos ter problema para ficar dois, três meses (sem elas), que é o período que a gente vai atravessar agora — explica.
Quer participar também e enviar uma notícia sobre o seu bairro? Clique aqui!
Siga o Anderson Manilha no Twitter: @AndersonManilha.
0 comentários
Postar um comentário