A verdadeira história de São João de Meriti
Aniversário da Cidade HISTÓRIA DA CIDADE Em 1568, Braz Cubas, provedor da Fazenda Real e das Capitanias de São Vicente e Santo Amaro recebeu, em doação de sesmaria, 3.000 braças de terras de testada para o mar e 9.000 braças de terras de fundo para o rio Meriti, ou mais propriamente Miriti, cortando o piaçabal da aldeia Jacotinga. Por isso, tudo leva a crer que São João de Meriti tenha pertencido às sesmarias de Braz Cubas.
Até 1644 não se tem notícia de ação cristianizadora na região de Meriti, até porque o Brasil esteve sob o domínio da Espanha de 1580 a 1640. Porém, a partir de 1647, durante a prelazia do Padre Antônio Martins Loureiro, a Cruz de Cristo foi erguida no povoado surgido na localidade que então tomou o nome de São João Batista de Trairaponga (hoje no local encontra-se a Igreja Santa Terezinha, localizada no Parque Lafaiete, no município de Duque de Caxias que até 1943 chamava-se Meriti).
A pequena capela serviu como sede da matriz até 1660. Com o tempo, o prédio arruinou-se. Por isso, o núcleo social e religioso transferiu-se para a zona portuária do rio Miriti onde foi edificada em 1708 nova Capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, por João Correia Ximenes, provavelmente hoje em terras onde esse situa a Pavuna.Em 1747, às margens do rio Miriti, foi construída nova Igreja alterando-se sua denominação para Freguesia de São João Batista de Miriti. Correspondia esta época o período áureo da colônia, o Brasil vivia o ciclo do ouro na região das gerais em Minas (de 1741 a 1760 a produção do ouro atingiu a 14.600 quilos). A riqueza do açúcar do nordeste tinha entrado em decadência e o eixo econômico tinha mudado para a região sul, cuja capital passou a ser a cidade do Rio de Janeiro.
Aí teve início uma época de prosperidade acentuada, servindo-se a pequena população da zona portuária da Pavuna, por onde escoava o produto da lavoura (feijão, arroz, mandioca, milho e cana-de-açúcar). Nove pequenos engenhos produziam farinha de mandioca e de milho. Entre 1769 e 1779 esses engenhos e duas engenhocas produziam 800 sacos de farinha, 140 de feijão e 390 de arroz.
Porém esta região não estava isolada do contexto nacional, muito pelo contrário, a baixada virou passagem obrigatória para se chegar as regiões mineradoras pelo Caminho Novo e Estrada do Proença até o Porto da Estrela no rio Inhomirim, no século XVIII.Abriram aqui inúmeros caminhos que saindo do Rio de Janeiro, passando por Inhaúma, Irajá e Pavuna, atravessando o rio Miriti no seu ponto mais raso, atingindo assim a baixada. Daí em diante ramificava-se em vários outros caminhos com destino a serra.
Adentrando em São João Batista de Miriti, portal de entrada para a baixada, seguia pelo caminho que levava a Iguassu, Tinguá e virando a Serra, com destino a região cafeeira no Vale do Rio Paraíba e depois Minas, com o nome de Estrada do Comércio. Sendo esta estrada a mais importante no processo de desenvolvimento urbano da área de fundo da Baixada, em especial Iguassu, pela sua estreita ligação com o seu porto, por onde se escoava toda a sua produção durante o século XIX até o surgimento das Estradas de Ferro.
Em 1833, sendo o povoado de Iguassu (Maxambomba e, atualmente, Nova Iguaçu) elevado à categoria de vila e sede do município, a Freguesia de São João Batista de Meriti, passou a integrar aquela jurisdição como seu 4º distrito.O rio Meriti foi navegável até meados do século XIX. Mas, a partir desta época, entrou em declínio devido ao intenso desmatamento em suas cabeceiras e nas suas margens.
Obstruíram-se os cursos dágua, o matagal cobriu extensas áreas às suas margens, o leito, turfado pelo assoreamento, transformaram-se em pântanos. Grassaram o implaudismo e outras doenças.
Com a economia em fase ruim, aliado ao fato de ter inaugurado em 23 de abril de 1886 trecho da linha férrea de The Rio de janeiro Northern Railway ligando o Rio de Janeiro a Estação de Meriti, e o povo sem meios de recuperá-la, abandonou a Vila de São João Batista de Meriti, fixando-se nos arredores em escassas comunidades, mormente, em torno da Estação de Meriti (atual Duque de Caixas), em cujas proximidades teve início um pequeno comércio. O que justificou seis anos após, em 1892, pelos Decretos nº 01 e 1-A, São João de Meriti é elevado a categoria de Vila. Aniversário da Cidade 21 de Agosto CARACTERÍSTICAS São João de Meriti é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º4814 sul e a uma longitude 43º2220 oeste, estando a uma altitude de 19 metros. Sua população estimada em 2005 era de 464.327 habitantes. Localiza-se na região da Baixada Fluminense.
Possui uma área de 34,996 km².
O município é conhecido como O Formigueiro das Américas, pois sua densidade demográfica (número de habitantes dividido pela área em km²) é uma das mais altas existentes. Clima Temperatura Média COMO CHEGAR Saindo do Rio de Janeiro
Saindo da Linha Vermelha, pegar a Rod. Presidente Dutra (BR-116) e seguir as placas que indicam o centro do município de São João de Meriti Localização Metropolitana do Rio de Janeiro Limites Acesso Rodoviário BR-116 20 km da Capital TURISMO Principais Pontos Turísticos Bairro de Agostinho Porto e sua Igreja Este bairro presta uma homenagem a um médico da localidade. Anteriormente conhecido como Coqueiros por ter sido um sítio com abundância dessas palmeiras pertencente à família Guimarães. A Igreja denominada Nossa Senhora das Graças, está situada ao longo da praça Castelo Branco. Esta Igreja possui salões de festas e casa paroquial. Suas características arquitetônicas é do tipo clássico Italiano seiscentista, no qual foi inspirada e possui um forte sentido de verticalidade. Suas Janelas são arcadas com vitrais coloridos. Inaugurada em 17 de novembro de 1949, pelo Monsenhor José Boggiani, sua construção foi financiada por benfeitores e pelo próprio religioso.
Igreja da Matriz End: Praça Getúlio Vargas - Centro
Com a doação de 30 contos de réis e mais a pia batismal, a Princesa Izabel dava início em 1875, a construção de Igreja de São João de Meriti. Apoiada pelas famílias tradicionais da localidade como os Tavares Guerra, Teles e Menezes entre outros. Foi inicialmente erguida como capela, pois somente com a chagada dos padres franciscanos à região em 1932, passando neste ano a sede da freguesia, a partir daí reformulou-se a sua construção, dando-lhe características de Igreja Matriz. Acompanhada de grande festa, sua inauguração deu-se em 24 de junho de 1938, com a presença do então interventor no Estado do Rio de Janeiro, Sr. Amaral Peixoto. Aos fundos ficava o cemitério da Irmandade do Sagrado Coração, onde hoje funciona o Colégio Fluminense. É constituída de uma grande nave central com capela-mor e coro. Santos diversos compõe os vitrais. Detalhes em alto relevo na parede, representando a via crucis. Teto e pilastras decorados. Destaca-se ainda a construção da Torre do relógio na décadas de 1950/1960. Possui teatro, salões de festas e prédio de residência paroquial. No seu entorno possui algumas lojas que pertencem a irmandade da Igreja. Forma com Duque de Caxias uma Diocese. A Igreja Matriz que se conhece hoje, nada tem a ver com sua construção original. Com obras de ampliação nas décadas de 50 e 60 perdeu-se todas as linhas arquitetônicas coloniais, mantendo-se porém, ponto de fé e orgulho de sua comunidade.
Igreja de São Mateus Por iniciativa do Frei Erasmo Cleven, ºF.M, no dia de 16 de julho de 1953, reuniu os católicos da localidade, com o objetivo de adquirir um terreno e construir um Salão Paroquial. A comissão encarregada de construir ficou a cargo dos senhores Sinésio Souza, Abílio H. Corrêa, Raul Cardoso, João Vitalino de Carvalho e Antônio Coluci Médice. O Bispo de Petrópolis, Dom Manoel Pedro da cunha Cintra, estando na inauguração e vendo o entusiasmo dos fiéis, confiou o cargo de Vigário ao Padre Paul Jean Guerry, que veio como missionário do oriente (Indochina), tomando posse em 1956. Trabalhou intensamente com a comunidade católica, com a simpatia de todos construiu a Igreja Matriz de São Matheus que além do trabalho religioso desenvolveu intensa atividade social, com cursos profissionalizantes para a comunidade.
Igreja Santa Rita de Luziê Localizada em Vilar do Teles, foi construída na década de 1950, por um marinheiro de nome João Pereira da Silva (João da Santa). Contava o mesmo ter nascido em 1º de janeiro de 1922, na entrada do ano em uma missa campal, na cidade de Ilha de Bispo, no Estado da Paraíba. Sua história começou em 1953, no Domingo de Ramos, João recebeu um aviso de vozes estranhas, para ir ao mar, dirigiu-se ao Cais do Poro do Rio de Janeiro, alugou uma embarcação, para conduzir até a Baía de Guanabara, lá chegando ao meio dia, João ouviu os sinos das Igrejas. Repentinamente o mar revoltou-se fazendo remanso em volta da pequena embarcação. João suspendeu-se e ficou olhando para a terra, notou alguma coisa em suas mãos. João olhou e disse: apareceu uma santa jogada pelo mar em minhas mãos. Neste momento de aflições, o dono da embarcação, João de Mello, estava muito doente de seus olhos, e foi logo curado. Daí ele trouxe a santa para S. J. de Meriti, onde morava no Vilar dos Teles, foi perseguido, mas apesar de tudo ele resistiu. Os milagres provocados pela Santa tiveram ampla cobertura nos jornais da época. Antigo ramal da Linha Férrea e Bairro do Engenho de Belford Roxo Presta homenagem ao Eng. Ferroviário Antônio Salles Berfor, em cujas terras foram assentados os trilhos da estrada, doadas pelo major Augusto Cesar da Silva Pinto, descendente dos proprietários do engenho do bananal, nesta localidade.
Bairro de Éden com Antiga Estação e a Rodoviária Nova Outrora conhecido como Itinga, criou-se uma lenda que descrevia o aparecimento de uma bruxa em noites de lua cheia (bruxa Itinga), visando a desocupação da região para especulação imobiliária. O feitiço virou contra o feiticeiro e a companhia não vendeu os lotes, obrigando a mudanças de nome para Éden, lugar do paraíso. O bairro é cortado pela linha férrea, que já teve seu período áureo, hoje a estação está desativada, porém o progresso e o intenso movimento, o bairro recebeu uma rodoviária e conta com avenidas asfaltadas. Porém a obra marcante foi a construção pelo governo do Estado de uma ampla galeria na Av. Délio Guaraná acabando com um valão existentes e resolvendo o problema de enchente. Casa da Grota Localizada em venda Velha, foi uma fazenda que pertenceu a família de Antônio Teles de Menezes, onde funcionou nas décadas de 1930/1940, a Granja Santo Antônio. Encontra-se semi-abandonada mas mantém todas as características originais do século passado: originalidade arquitetônica, assoalhos, forro, lustres, janelas envidraçadas, móveis, etc. Tendo sido residência do insigne cidadão dessa terra o Dr. Alberto Jeremias da Silveira Menezes, que foi casado com Dona Dulce da Silveira Menezes, neta do Sr. Antônio Teles de Menezes. Estação Ferroviária E. F. Central do Brasil (1910-1965)
E. F. Leopoldina (1965-1975)
RFFSA (1975-1993)
SÃO MATEUS
(antiga GALDINO ROCHA)
Município de São João do Meriti, RJ
Ramal Circular - km 26,990 (1928) RJ-1316
Linha Auxiliar - km Inauguração: 11.09.1910
Uso atual: deposito da Escola de Samba Unidos da Ponte sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
Histórico da Linha: O ramal circular da Pavuna era uma linha variante que começava na Linha Auxiliar, na estação de Costa Barros, e terminava na estação de Thomazinho, na mesma linha. Com o tempo, esse trecho curto da linha Auxiliar foi sendo abandonado, e os trens passaram a seguir direto pela Pavuna, incorporando o trecho na linha principal. Também o trecho final do ramal cirdular, entre Belford Roxo e Thomazinho, onde estava a estação de São Matheus (Galdino Rocha), foi erradicado, e hoje os trens metropolitanos da Supervias fazem o trecho Dom Pedro II-Costa Barros-Pavuna-Belford Roxo, tendo o ponto final nesta estação.
A Estação: A estação de São Mateus, inaugurada em 1910, não tem hoje mais movimento de trens. Os trilhos já foram retirados, embora ainda existam os postes das catenárias. Ela estava no antigo ramal circular da Pavuna, que ligava a estação de Costa Barros à estação de Thomasinho, ambas no eixo da linha Auxiliar original. O trecho desse antigo ramal entre a estação da Pavuna e de Thomasinho, ou seja, quase todo ele, foi suprimido em 1993, São Mateus foi o ponto final dos trens de subúrbio por muitos anos, enquanto os que seguiam de Dom Pedro II para Japeri corriam direto de Costa Barros, sem passar pelo ramal, até o final, tendo sido estes eliminados por volta de 1970. A estação se chamou Galdino Rocha por algum tempo, nos anos 1920 e em 1931, foi renomeada com a denominação original, que existia devido à fazenda do mesmo nome. Em 1952, chegou a eletrificação. Hoje (2007) está servindo como depósito da Escola de Samba Unidos da Ponte. Fazenda dos Menezes End: - Venda Velha
Localizada no bairro denominada Venda Velha. foi outra propriedade construída pela família Teles e Menezes e ainda guarda o estilo rural de suas linhas originais. São dez cômodos e um varandão colonial. Fica em um outeiro, com uma ampla área ao seu redor, guardando assim a opulência dos casarões do Império. Praça Getúlio Vargas Conhecida como Praça da Matriz, localizada em frente a Igreja São João Batista, no centro do Município. Foi inaugurada oficialmente em 10 de março de 1891. Ela ia da atual Av. Dr. Arruda Negreiros até o antigo cemitério que ficava atrás da Igreja Matriz (depois transferido para Vila Rosali). Esta área foi doada pela família Tavares Guerra, proprietária então da fazenda Carrapato que cortava o centro da cidade. Na década de 1910, recebeu um coreto em forma de quiosque, demolido por volta de 1953, quando o local sofreu uma de suas primeiras reformas, recebendo bancos, uma panóplia para solenidades cívicas e outras. Depois reformada pelo prefeito Celestino Cabral, em 1982. No entanto, foi na gestão do atual Prefeito Dr. Antônio Pereira Alves de Carvalho que ela teve outra grande reforma voltando ao seu estilo da década de 50, porém com características de linhas mais suaves, devolvendo ao povo uma excelente área de entretenimento, principalmente aos amantes das cartas de baralho.
Sítio Carioca End: Rua Piracicaba - Venda Velha
Fazenda que pertenceu a família Teles e Menezes. Ocupa uma área de 11.000m e foi comprada em fins da década de 1970 e transformada em clube de lazer. No seu interior há um campo de futebol, um bosque e uma saudável mina dágua , que serviu durante muitos anos ao povo da região, e ficou conhecida como finte carioca. Solar dos Telles
Considerado o mais importante solar da Baixada Fluminense, foi o Palácio dos Telles construído pelo Comendador Pedro Antônio Telles Barreto de Menezes, nascido em terras de Meriti em 1816 e falecido em 1882. O casal Pedro Antônio Telles Barreto de Menezes - Francisca Justiniana de Freitas Telles, teve os seguintes filhos: Pedro, Francisco, Manoel, Antônio e Luiz; e as filhas: Joaquina, Francisca, Ana, e a primeira casada com o professor Rocha Faria, catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Distrito Federal. Com a morte do Comendador fez-se em 1908 a divisão amigável de suas propriedades, cabendo às três moças prédios no antigo Largo do Paço (Hoje Praça Quinze de Novembro) como o arco do Telles, o edifício do Taquara, o edifício da atual farmácia Silva Araújo, etc., e aos homens partes da fazenda do Telles, Divergiram, no entanto, os irmãos quanto ao destino do velho solar , e de tal sorte foram as discussões e os estremecimentos que resolveram deixar o Vilar em Condomínio. Com o falecimento de Pedro Telles Barreto de Menezes ocorrido em 1919, ficou o velho solar totalmente abandonado e alvo de constantes e sucessivos assaltos e depredações. Nenhum dos irmãos, no entanto, resolveu, temerosos de ser mal compreendido pelos demais, tomar qualquer iniciativa para preservar aquele patrimônio. Por volta de 1925 desabou umas das paredes do Vilar e, frente ao matagal ao palácio abandonado e caídos do assoalho do primeiro andar que se inclinara, amontoaram-se diversos móveis repletos de porcelanas e cristais espatifados, quadros à óleo de pintores europeus, pratarias, etc., esmagados por um grande piano. Continuaram os irmãos sem tomar qualquer providência, sendo aquelas riquezas levadas pelos transeuntes que ainda invadiam a casa rapinando o que de dentro dela ficara. Vila Olímpica Inaugurada em 14 de janeiro de 1997, após um ano de obras, o Centro Esportivo de São João de Meriti foi recebido pela Prefeitura Municipal de São João de Meriti de acordo com o convênio firmado entre o Governo Federal, através do Ministério Extraordinário dos Esportes e o Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura e Esporte, cabendo a administração do Centro à Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, que implantou o Programa de Esporte Solidário. A Vila Olímpica hoje conta com aulas de Artes Marciais de Judô, Tai-chi-chuan, Karatê, Jiu-jitsu e iniciação de desportiva em atletismo, ginástica Olímpica, Futebol de Campo, Basquete, Vôlei, handebol e Capoeira.
excelente histórico - que tal postar algumas fotos de outrora ao históricoem: http://vilar-dos-teles.blogspot.com/