Banalizaram o amor, o sexo, o beijo e o toque.
Banalizaram as amizades, as palavras, a família.
Hoje me deparei com a dor de perceber que tanta coisa por aí, anda assim, banalizada. Ao menos, isso me fez acreditar que não sou eu que prego o não-amor, são eles. Eles que amam, assim só por amar, que falam palavras puras, assim só por falar. Eles são aqueles que encontram uma namorada para suprir a constatação de uma necessidade, ou seja, uma carência, ás vezes emocional, às vezes sexual. Que se dizem apaixonados por status, para mostrar para os outros que amam e que assim estão aproveitando a vida. São eles que tornaram o amor verdadeiro, aquele que sonhamos quando carregamos nos olhos a inocência de ser criança, em algo que não existe. Eles preferem transformar o hedonismo em uma religião extremista, como se o prazer fosse a única verdade existente. Esquecem que o prazer é sim necessário, gosto e um desejo, mas que como tudo, precisa de uma dose certa e real. Banalizar é vulgarizar, ou seja, estão tornando comum aquilo que deveria ser especial. Aos poucos me dou conta que os românticos estão mesmo entrando em extinção. No entanto, não é pelo que dizem por aí. Ao contrário do que tipicamente pensamos, a falta de romantismo não é porque ninguém mais quer amar e sim porque todo mundo quer amar o tempo inteiro. Vivem procurando um novo amor a cada esquina, prostituindo sentimentos. Anulando significados, confundindo certezas. A banalização do sexo não tem nada a ver com seguir ou não as regras da igreja (até porque a própria igreja anda banalizada).

Já se sabe que o sexo não é só para procriar, mas aos poucos ele tem perdido inclusive o seu significado mais tântrico ou carnal. O desejo, aquele que faz os olhos brilharem, a boca salivar, o coração disparar e a pele aquecer, é substituido pela simples satisfação da vontade fisiológica. Quantos relacionamentos são subsidiados pela simples satisfação da necessidade de ter sexo garantido? Quantos relacionamentos são baseados na não vontade de se arriscar? Quantos relacionamentos são iniciados pela simples conveniência e não ficar sozinho? Quantas palavras são proferidas para que simplesmente tudo isso pareça verdade?
Aqueles que muito amam, nada amam.
Eu tenho uma forma diferente de amar. Aos olhos da banalisação é um amor ao contrário. Eu o chamo de: "OMAETUE".

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